Não, longe disso, acho mais do que
natural, importante, necessário, educado, civilizado e tudo que for mais
adequado: desejar a todos boas festas e feliz ano novo.
Também não sou assim tão frio ou
ignorante a ponto de achar tudo uma chatice. Não, longe de mim uma coisa desta.
A questão é que eu não acho, eu tenho mesmo por convicção que já é hora de
sermos mais criativos e inventar algo mais interessante para fazer no fim de
cada ano.
Tá bom, pode até rolar festas, tudo
bem. Pode rolar presentes, claro o comércio varejista divide o ano em três
datas: Natal, mães e namorados. O que fazer se a ilusão é que vende?
Pode rolar até feriado e, em minha
opinião, pode até ser fixo: Natal sempre na penúltima terça-feira e fim de ano
sempre na última, independente do dia do mês. Ninguém tá ligado mesmo.
Pode ter até cenas de
confraternização corporativa, familiar, classista, e outras embromidades. Tá
valendo, até porque algumas são mesmo emocionantes. Mas todo ano tem que ser a
mesma xaropada?
Que tal, na última segunda-feira de
cada ano, fazermos um mutirão cívico, tendo como núcleo de ação a rua. Sim, a
rua. Reservada única e exclusivamente para as pessoas se cruzarem, se
cumprimentarem com um alô que seja, para trocarem amenidades, abrirem uma
amizade, se falarem enfim.
Então circularão apenas veículos de
serviços à comunidade: ambulâncias, viaturas policiais, composições do corpo de
bombeiros. E só, nada de ônibus, caminhões, trens, metrô, aviões,
monociclos, biciclos, triciclos, assemelhados e demais tocados mecanicamente ou
a feijão.
Carros de passeio ou de aluguel,
naturalmente, também não circularão. Caso aconteça o transgressor será detido e
levado junto com o veículo para um pátio e lá permanecerá até a zero hora de terça-feira.
No pátio poderá descer do veículo para interagir com os demais
transgressores detidos, mas não poderá sair dos limites do pátio.
Assim, somente poderão circular
veículos de assistência, segurança e resgate sem uso de sirenes.
E pessoas.
Nenhuma casa de comércio abrirá as
portas, exceto aquelas destinadas à alimentação e drogarias.
Serão permitidos comerciantes
ambulantes, que poderão vender comida e bebida exceto aquelas contendo álcool.
Quem for pego vendendo e/ou ingerindo álcool será detido na forma da Lei e
levados para o pátio onde se encontrarão com outros transgressores.
Recomenda-se que agremiações de
diferentes escopos, associações de classes, guetos, trupes e gangues não se
aproveitem para ensaiarem manifestações de qualquer cunho. Quem insistir, pátio
neles.
Enfim, a ideia é simples. A rua
será exclusivamente para o trânsito de pessoas.
Eu num sei, mas deve vir algo de novo daí. Ainda aposto que um ou outro proponha uma ação legal onde a gente possa se engajar. E, se não resultar em nada, pelo menos fitamos, uns aos outros, com maior interesse.
Pretinha e Claudinho devem ir para
rua. Eu ficarei pajeando Liz. Por um tempo, do alto do meu apartamento
estaremos, eu e minha netinha, admirando as pessoas se encontrando, trocando
palavras e o som do acalorado alarido me fará afinal feliz.
Depois descerei para a rua e
passearei empurrando o carrinho onde carrego minha netinha.
Liz fará o maior sucesso entre os
transeuntes.
Eu acho.
Até breve.
Que mêda deste pátio ?!?!
ResponderExcluirEsquenta não, nós nos encontramos lá.
ResponderExcluirGuarda um lugar no pátio para mim também ....
ResponderExcluirCê vai de carro ou no álcool?
ExcluirQue pena que você acha isso....Tá tudo tão bom do jeito que está. A gente se encontra, troca presentes, põe a conversa em dia. E nada de diferente prá atrapalhar. Pensa bem... Isso não pode mudar, pode?
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