Diários de Pantagônia. Para
entender melhor leia antes os três últimos posts.
O fazendeiro disposto a ampliar seu
rebanho pediu ao seu comprador de gado que fosse a uma determinada região e
procurasse um tal de Zé Mineiro que disseram era forte produtor. O comprador
vasculhou terras e acabou se deparando com o tal sujeito:
- Então o senhor que é o Zé
Mineiro?
- Sô eu mês, pruquê?
O comprador não colocou muita fé no
baixinho, cigarrinho de palha na ponta da boca com olhar desconfiado. De
qualquer forma resolveu consultar o homem sobre a venda.
- Eu tô precisando de mil cabeças...
- Sô tem preferência de cor?
Esta e tantas outras Marlidina
intercala com assuntos de variada ordem, inclusive política. Avessa ao PT e
crítica ferrenha de FHC porque, quando presidente, ele teve a chance de fazer as
reformas e acabou cuidando só mesmo da sua reeleição, dando início ao esquema
do Mensalão.
Francisco, o marido, não fica por
menos. Saiu com essa, ontem à noite, durante o jantar: o cara procura o
psiquiatra para consultar:
- Doutor eu não tenho conseguido
dormir. Fico achando que tem alguém
debaixo da minha cama. Aí em passo lá para debaixo e fico achando que alguém
está dormindo em cima...
- Cento e vinte reais cada consulta
duas vezes por semana. Em seis meses o senhor está curado.
Meses depois o cara encontra com o
psiquiatra.
- O senhor não voltou ao
consultório...
- É que encontrei um amigo que
resolveu meu problema e ficou muito mais barato.
- Como ele fez?
- Pagou dez reais para um sujeito
cortar os pés da cama.
Menos infame que a piada foi a cara
que o André, fez para o pai quando ele acabou de contá-la. E hilariante foi a
explicação de Francisco para que o filho afinal risse.
André, por sua vez, disse que a
experiência atual no Chile está melhor que a anterior acontecida há uns sete
anos atrás. Eles três chegaram a uma cidade pequena do interior, chovia e fazia
um frio abaixo de zero. O recepcionista do hotel disse que eles não tinham
reserva e, portanto, não podiam se hospedar. A reserva já havia sido feita e
paga antecipadamente e a coisa acalorou quando o recepcionista destratou
Francisco. André pulou o balcão e encheu o cara de porrada. Deu Polícia Federal
do Chile e um rebu danado.
Depois que André terminou de contar
o caso, sua mãe Marlidina saiu com outra.
No velório, todo mundo que chegava
dizia olhando para o morto no caixão:
- Morreu como um passarinho...
Até que entrou um sujeito e
perguntou a uma senhora encostada próxima a entrada:
- Ele morreu de quê?
- Acho que foi de estilingada.
Mesmo no fim do mundo, gente é
imprescindível.
Hoje entramos parque Torres Del Paine
adentro, numa caminhada de quatro horas, churrasco pampa de cordeiro em
estância gaúcha típica e depois cavalgamos por duas horas pelas encostas do
lago Sarmiento.
Depois relato o que é isto.
Até breve.
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