segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RIR



Diários de Pantagônia. Para entender melhor leia antes os três últimos posts.

O fazendeiro disposto a ampliar seu rebanho pediu ao seu comprador de gado que fosse a uma determinada região e procurasse um tal de Zé Mineiro que disseram era forte produtor. O comprador vasculhou terras e acabou se deparando com o tal sujeito:

- Então o senhor que é o Zé Mineiro?

- Sô eu mês, pruquê?

O comprador não colocou muita fé no baixinho, cigarrinho de palha na ponta da boca com olhar desconfiado. De qualquer forma resolveu consultar o homem sobre a venda.

- Eu tô precisando de mil cabeças...

- Sô tem preferência de cor?

Esta e tantas outras Marlidina intercala com assuntos de variada ordem, inclusive política. Avessa ao PT e crítica ferrenha de FHC porque, quando presidente, ele teve a chance de fazer as reformas e acabou cuidando só mesmo da sua reeleição, dando início ao esquema do Mensalão.

Francisco, o marido, não fica por menos. Saiu com essa, ontem à noite, durante o jantar: o cara procura o psiquiatra para consultar:

- Doutor eu não tenho conseguido dormir.  Fico achando que tem alguém debaixo da minha cama. Aí em passo lá para debaixo e fico achando que alguém está dormindo em cima...

- Cento e vinte reais cada consulta duas vezes por semana. Em seis meses o senhor está curado.
Meses depois o cara encontra com o psiquiatra.

- O senhor não voltou ao consultório...

- É que encontrei um amigo que resolveu meu problema e ficou muito mais barato.

- Como ele fez?

- Pagou dez reais para um sujeito cortar os pés da cama.

Menos infame que a piada foi a cara que o André, fez para o pai quando ele acabou de contá-la. E hilariante foi a explicação de Francisco para que o filho afinal risse.

André, por sua vez, disse que a experiência atual no Chile está melhor que a anterior acontecida há uns sete anos atrás. Eles três chegaram a uma cidade pequena do interior, chovia e fazia um frio abaixo de zero. O recepcionista do hotel disse que eles não tinham reserva e, portanto, não podiam se hospedar. A reserva já havia sido feita e paga antecipadamente e a coisa acalorou quando o recepcionista destratou Francisco. André pulou o balcão e encheu o cara de porrada. Deu Polícia Federal do Chile e um rebu danado.

Depois que André terminou de contar o caso, sua mãe Marlidina saiu com outra.

No velório, todo mundo que chegava dizia olhando para o morto no caixão:

- Morreu como um passarinho...

Até que entrou um sujeito e perguntou a uma senhora encostada próxima a entrada:

- Ele morreu de quê?

- Acho que foi de estilingada.

Mesmo no fim do mundo, gente é imprescindível.

Hoje entramos parque Torres Del Paine adentro, numa caminhada de quatro horas, churrasco pampa de cordeiro em estância gaúcha típica e depois cavalgamos por duas horas pelas encostas do lago Sarmiento. 

Depois relato o que é isto.

Até breve.

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