“Hoje completam, exatamente, cinquenta anos do
dia, em que um avião de reconhecimento norte-americano descobriu em Cuba
lançadores de mísseis nucleares soviéticos, dando início à chamada crise dos
mísseis de Cuba.
Na
sequência, Moscou e Washington se viram à beira de uma guerra nuclear.
Depois de
duas semanas, a crise foi resolvida: a União Soviética prometeu retirar os
mísseis de Cuba, e o governo dos EUA, em troca, prometeu não invadir a Ilha da Liberdade.
O site oficial
Cubadebate e a edição digital do diário "Granma" divulgam nesta
terça-feira a atualização da política migratória vigente para "ajustá-la
às condições do presente e do previsível futuro".
"O governo cubano, no exercício de sua soberania,
decidiu eliminar o procedimento de solicitação de permissão de saída para
viagens ao exterior e deixar sem efeito o requisito da carta de convite",
assinala a nota publicada.
Deste modo, a partir de 14 de janeiro de 2013 "só
se exigirá a apresentação do passaporte corrente atualizado e o visto do país
de destino, quando necessário".
"Serão credores do dito passaporte os cidadãos
cubanos que cumpram os requisitos estabelecidos na Lei de Migração".
A reforma migratória cubana também eleva a 24 meses o
período máximo de permanência no exterior dos cubanos que viajarem por motivos
particulares.
Com esta decisão, o Governo de Raúl Castro se
aprofunda em seu plano de reformas e de eliminação de proibições que estiveram
vigentes durante décadas.
A reforma migratória era uma das mais aguardadas pelos
cubanos, que durante anos foram limitados por um conjunto de regulações
restritivas e longos e custosos processos para poder viajar ao exterior.”
Eu
estava na porta do hotel onde nos hospedamos em Cayo Largo em nossa viagem à
Cuba no final de 2010 e resolvi conversar com um senhor responsável pelo
controle de bagagens.
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Então o que é viver em Cuba?
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Uma maravilha!
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Mas o senhor não tem vontade de visitar outros lugares?
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Prá quê?
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O Brasil, por exemplo?
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Já ouvi dizer que é muito bonito também... Mas aqui eu tenho tudo... Aqui é o
paraíso, tem até uma praia perto daqui que tem esse nome, o senhor foi
conhecê-la?
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Sim.
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Então?
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O senhor tem casa própria?
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É do governo?
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Seus filhos vão à escola?
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Claro e tem médico de graça... Nós temos o que para nós é importante...
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Liberdade?
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Eu tenho um trabalho, minha família está bem cuidada, temos uma natureza
maravilhosa, do que eu preciso mais?
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Liberdade?
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O senhor vai às ruas de Havana Vieja e vê nosso povo se não vive feliz...
Toda
interpretação se faz possível, inclusive as mais abalizadas. Tenho acompanhado
diversas entrevistas de intelectuais e artistas cubanos no programa Sangue
Latino do Canal Brasil. A experiência dos cubanos está aí para nos ajudar
refletir sobre nossas ações passadas e nossa perspectiva futura.
À
parte os posicionamentos exacerbados Cuba ainda é uma oportunidade para
reflexão. Os cubanos, mesmos os mais simples como o responsável pelas bagagens
daquele hotel citado, têm pensado e fundo se é em direção ao nosso mundo que
eles querem seguir viagem.
Eu
teria dúvidas.
Até breve.
Lozinho,
ResponderExcluirvocê conhece o Instituto Mises? Por coincidência deste seu post a respeito de Cuba, e de suas maravilhas naturais e de um povo singular, convido para visitar o site do Mises. Eles tratam de economia, defendem a escola austríaca, e possuem material de qualidade e profundidade, que nos fazem refletir sobre os rumos de nossas vidas.
Dá uma olhada: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=114
abraço.
Julinho, brigado por mais esta dica. Excelente. Incluí nos meus favoritos.Beijão na Mônica e no Leozinho.
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