Matéria de hoje publicada no Jornal
Estado de Minas informa sobre pesquisa científica dando conta de que as AVÓS contribuíram
de forma decisiva para a preservação e desenvolvimento do HOMO SAPIENS desde os
seus primórdios.
Na atualidade, em especial, na
medida em que boa parte das pessoas com mais de sessenta anos do sexo feminino
são consideradas, ainda, sustentáculo da casa, inclusive no que tange ao campo
financeiro.
O fato de estar em desvantagem não
me preocupa. Continuarei entendendo que o meu lugar de avô ainda tem e muita
importância. Amanhã mesmo, por exemplo: quem vai acompanhar Pretinha à clínica
para aplicar a terceira dose de vacinas na Liz? E quem vai, também amanhã,
levar a netinha para consulta de praxe à pediatra?
E tem mais: quem comprou a importantíssima
saboneteira em formato de gatinha? Quem comprou o primeiro enxoval de roupas de
banho e berço para a casa de Santa Luzia, sem esquecer do cobertorzinho?
Quem cercou com tela de arame o
laguinho do sítio para proteger os ovinhos da patinha para que hoje tivéssemos
a notícia de que nasceram cinco patinhos que vão ser a alegria de Liz?
Quem fixou as estantes no quarto do
sítio para distribuir e alojar os bichinhos de pelúcia?
Quem divide a atenção, com frequência, entre
imagens e sons dos jornais televisivos e a imagem da babá eletrônica?
Quem inúmeras vezes até aqui
preparou baldes, banheira e toalhas para banhos da netinha?
Quem?
Quem tem contado os dias a partir
da data da chegada de Liz e, até mesmo antes da chegada dela, tecido ilusões a
partir de diálogos prováveis?
Então?
Os cientistas do futuro haverão de
corrigir ou atenuar suas análises. De minha parte em gostarei de saber, mesmo
já estando do outro lado da existência, se é que ela existe, que os estudos
constataram que determinados avôs foram indispensáveis na formação e
desenvolvimento do HOMO LUDICUS.
Tá bom?
Aqui do meu lado, alguém, representante
do grupo foco da pesquisa, depois de ler o meu post disse:
- “É, mas na hora de limpar o cocô você sai correndo...”
Até breve.