Primeiro dia de aula. A professora
acabara de entrar em classe e:
- Bom dia, meus alunos, eu sou a
nova professora de vocês. Meu nome é Vlagina.
Joãozinho interessou-se
imediatamente, embora já imaginando que aquilo não ia acabar bem. No dia
seguinte, a professora entra em sala de aula e:
- Bom dia, meus alunos... Quem se
lembra do meu nome?
Silêncio.
- Quem se lembra do meu nome? E aponta
para Joãozinho para que ele responda.
- Eu sei professora...
- Então diz.
- É que eu estou com uma dúvida...
Eu não sei se o “L” é na frente ou no meio...
- É no início, Joãozinho...
- Ah, eu sei.
- Então fale o meu nome, menino.
- Bulceta.
Li hoje, no O Globo, notícia de que na semana
passada a Academia Brasileira de Letras (ABL) censurou a transmissão ao vivo,
em seu site, da conferência ministrada pelo professor da Unicamp Jorge Coli, “O
sexo não é mais como era”. Ao apresentar o quadro pintado em 1866 pelo artista
francês Gustave Coubert “A origem do mundo”, exposto desde 1995 no Museu d’Orsay,
em Paris, e usar a palavra “buceta”, a transmissão foi cortada.
Por sua vez a iTunes Store, livraria virtual da Apple,
censurou o título do livro da escritora americana Naomi Wolf. O título é: “Vagina:
Uma nova biografia”. O site da Apple coloca como “V****a”. Na descrição do livro há uma explicação: “A
autora faz uma pesquisa histórica e mostra como a v****a foi considerada
sagrada por séculos até ser vista como uma ameaça.
Não há limite à hipocrisia. Tudo
bem que a explicitação choque, mas censurar o óbvio é chocante. Choque por
choque prefiro o que nela se encerra que é prazeroso às pampas e, para quem não
sabe e já passou dos cinco anos de idade é por ali sim que tudo acontece. Adão
e Eva são personagens de livros para neandertais.
E mais, trago isso agora porque já é passada a
hora de tanta puritanagem encobrindo crimes hediondos. O que deveríamos estar censurando são
atos libidinosos explícitos do cotidiano imoral de quem deveria nos trazer
exemplos.
Fiquei literalmente puto.
Até breve.
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