quinta-feira, 9 de agosto de 2012

NUBLINA I





Há algo a dizer ainda sobre o post de ontem.

NUBLINA é palavra que consta no repertório do Seu Divino, o senhor que cuidava de nossa casa em Santa Luzia. Ele se aposentou e, desde então, está conosco o seu filho Joselone.

Quando o tempo estava encoberto com muitas nuvens negras, Seu Divino dizia que estava nublinando.

Ontem, em Manaus, foram absolvidos em julgamento os militares que há alguns atrás balearam a queima-roupa um adolescente. O jovem, hoje com dezessete anos de idade, está dentro do programa de proteção a testemunhas do Ministério da Justiça. Ele compareceu ao julgamento encapuzado para não ser reconhecido pelos seus, ainda, potenciais assassinos. A defesa argumentou que o rapaz estaria envolvido com tráfico de drogas.

NUBLINA.

Em São Paulo, uma adolescente de quatorze anos foi espancada até a morte. A assassina, lutadora de boxe, que mantém relacionamento amoroso com a mãe da vítima, recebeu desta a autorização para matar a menina.

A adolescente servia à mãe, ao padrasto (que a violentava há vários anos) e à amante na tarefa de distribuição de drogas.

No início desta semana, em fuga de uma batida policial a menina escondeu a droga. Quando voltou ao local onde havia escondido, a droga não estava mais lá. O fornecedor disse ao traficante, padrasto da menina, que alguém teria que pagar por aquilo.

Padrasto, mãe e sua amante decidiram que deveriam sacrificar a responsável. A amante derrubou a vítima indefesa no chão, imobilizou-a e desferiu vários golpes deixando em frangalhos o rosto da adolescente. Jogaram o corpo em uma valeta às margens de uma rodovia.

BANAL.

Por que estou cuidando disto, quando minha vida me cega pela alegria?

Exatamente por isto.



Até breve.



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