- Anda Liz. Entra logo no carro.
Vamos pai.
- Vovô vai comigo aqui atrás... Vem
vovô.
- Deixa o vovô vir na frente
comigo, filhinha...
- Não, mamãe. Vovô, vem, entra
logo. Mamãe vai de nossa motorista.
- É, Liz. Mamãe é nossa motorista.
- Põe o cinto vovô... Deixa eu pô prá
você. É assim ó, viu?
- Brigado, Liz.
- Mamãe agora você já pode ir. Nós
já estamos de cinto.
- Aonde eu vou parar com vocês
dois, meu Deus?
- Não é no supermercado que nós
vamos, mamãe?
- E, por favor, Pretinha, pare nos
sinais...
- Vermelho, né vovô?
- Você já sabe, Liz?
- Claro, né vovô?
- E o amarelo?
- É para olhar..
.
- Olhar o quê?
- Se eu estou quietinha aqui atrás.
- E o verde?
- É que pode ir.
- Pretinha...
- Oi, pai.
- A lista é grande?
- Nem me fale, pai...
- Putz, eu podia ter ficado livre
dessa...
- Êh, vovô reclamão. Eu adoro ir no
supermercado.
- Eu já não gosto.
- Pois eu adoro. Papai não veio com
a gente hoje, mas quando ele vem ele me põe no carrinho e aí a gente vai
fazendo a maior bagunça.
- Num brinca?
- Verdade, vovô.
- O seu pai brinca com você no
carrinho?
- Parece que eu tenho duas
crianças, pai. Essa aí e o Cláudio.
- Pois eu não vou colocar ninguém
no carrinho.
- Ô vovô, por que não?
- Porque sou eu que vou dentro do
carrinho.
- Nó, vovô, sabe que eu num tinha
pensado nisso? Vai ser mó legal!
- De jeito nenhum, minha filha.
- Num tem perigo, mamãe. Eu vou
empurrar devagarinho...
- E eu seguro na grade do carrinho, né Liz?
- É vovô. Num vejo a hora de chegar
a hora...
- Nem eu, Liz.
Até breve.
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