quarta-feira, 11 de abril de 2012

PRENHICE



Pretinha não me quer oco. Posso compreendê-la, prenha de futuros.

Não sou eu, minha filha, que estou oco. São as circunstâncias impostas por um tempo vivido. Mas há preenchimentos próximos.

Dia dezoito embarcaremos para o velho mundo até o oriente.

Hoje, se o Real Madri empatar com o Atlético, também de Madri, dia vinte e um eu vou estar dentro de uma experiência ímpar. Barcelona e Real disputarão praticamente a final da Liga Espanhola e eu estarei no Estádio Camp Nou, que em catalão quer dizer Campo Novo.

No dia vinte estaremos em uma propriedade rural catalã com suas construções mediterrâneas. Faremos a esperada visita à minha prima Tonica, filha de meu tio paterno Carlos.

Na segunda-feira, dia vinte e três, embarcaremos para a Turquia. Visitaremos Capadócia e passaremos por Kusadasi e Esmirna até chegar, no dia vinte e sete, à Istambul.

Voltaremos no dia primeiro de maio.

A partir daí estarei envolvido na coordenação de um longo e extenso programa de desenvolvimento de lideranças de uma das maiores instituições financeiras do país.

Dia oito de maio estarei comemorando meus doze meses do dasletra.

Os próximos dias, portanto, serão intensos. “Então pai, onde está a oquidão?” perguntaria minha filha.

É que toda vez que eu vou realizar algo de muito intenso eu fico assim meio de grog.

Imaginem quando próximo de agosto. Até chegar a hora em que Liz vir para o vazio.

Ser humano é foda.


Até breve.

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