Jesus Cristo antes de ser
crucificado pediu a João Evangelista que cuidasse de sua mãe. Anos após a morte
de Jesus João foi para Efeso levando Maria.
Efeso foi fundada pelo general Lucímaco,
sucessor de Alexandre Magno, no ano de 287 antes de Cristo. Em 133 a.C. a
cidade foi legada aos romanos. De 129 a.C. até 324 d.C. ela foi a capital da
Ásia Menor. Em 324 Constantino fundou Constantinopla (hoje Istambul) e Efeso
deixou de ser capital.
Constantinopla/Istambul foi capital
da Ásia Menor/Turquia até 1923 quando, após a queda do Império Otomano,
institui-se a República. A capital foi então transferida de Istambul para
Ancara. A mudança se deu para que os turcos libertassem-se das lembranças do império
e da ocupação dos ingleses de 1919 até 1922 frutos de conflitos da primeira
grande guerra. Ancara carregou o sonho de ali construir as bases para um novo
futuro.
Voltando à Efeso. Nessa cidade no século III d.C. foi
construída a primeira igreja dedicada à Maria. E foi nessa igreja, no ano de
431 d.C., aonde aconteceu o primeiro encontro ecumênico que reconheceu Jesus
Cristo com dupla natureza: homem e filho de Deus.
Em Efeso viveram até cerca de
quinhentos mil cristãos. A cidade foi parcialmente demolida pelos próprios para
se evadirem quando no século VII foram atacados pelos árabes. Levaram pedras e
tudo o mais para próximo dali numa colina onde construíram uma nova cidade:
Fortaleza.
Pois então: nós estivemos em Efeso
no dia de hoje e confesso que a achei mais surpreendente do que Roma e Pompéia.
A cidade vem sendo restaurada por um consórcio de empresas multinacionais.
Há ruínas de um bairro inteiro onde
viviam os ricos da época, a fachada quase inteira da Biblioteca em que se
guardavam mais de vinte mil rolos de pergaminho (livros), o mercado com suas
colunas praticamente preservadas dando idéia onde ficavam as “lonjinhas”.
O grande teatro com capacidade de
25.000 assentos, onde não ocorreram somente concertos e peças, mas abrigaram o
debate de temas políticos, filosóficos e religiosos, além de lutas de
gladiadores e animais.
Com muito esforço lembrei-me das
aulas de História Geral, quando em criança. Sempre achei aquilo obra de ficção.
Minha mãe tomava os pontos que eu
decorava apenas para não tomar bomba em história.
Tá vendo? Hoje eu poderia ter
aproveitado melhor a vinda a Efeso. Que nada, os fatos históricos continuam me
importando muito pouco, o que contou para mim mesmo foi meu coração ter
disparado quando passei pelas roletas de controle da cidade milenar, palco de
um sem número de experiências humanas inenarráveis.
Agora, enquanto concluo este post,
em um quarto do hotel onde estamos instalados em Kusadasi dois sons: o do marolar
do Mar Egeu e o do alto-falantes de uma mesquita ao longe convidando seus fiéis.
Meu Deus, seja Quem for, meu imenso
e eterno obrigado.
Até breve.
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