Tenho sido procurado por mais de um interessado em patrocinar
o meu blog. Há outros que me pedem para publicar em seus jornais e/ou revistas
semanais meus textos escolhidos segundo os seus critérios.
Convidam-me para discorrer sobre temas variados em programas
de redes de TV de educação e cultura. Querem que eu compareça em sarau de
contos e poesias.
Sou chamado à celebridade.
Ontem mesmo recebi um telefonema. O homem apresentou-se como
um mecenas, querendo saber se eu não gostaria de fazer uma coletânea revisada e
adaptada dos meus posts. Ele está disposto a financiar a publicação em livro,
bem como a divulgação e distribuição.
Mas o assédio recente de que mais gostei foi o do leitor
anônimo que publicou comentário na edição de PRALAVRA, o
post do último domingo. Disse ele, em seu comentário:
- “E agora, José? Esta
palavra, tão falada, adentra à sua lavra. Espero ansioso pelo resultado, pois
não se trata de um tema fácil.”
É claro que a notoriedade deve ser muito interessante,
portanto, se fossem verdadeiras, eu iria examinar cada uma das propostas
(inventadas na introdução deste post) com muito carinho.
É de todo provável que alguns (muitos) se propõem à fama e
tudo o que ela acarreta, envolve e decorre. Há também aqueles (poucos) que
obram e se satisfazem. Drummond, mesmo, de quem é a pergunta no comentário do
leitor anônimo, poetou e não quis academia. Inúmeros passaram a ser depois de
terem ido.
Deste ‘objeto’, no fundo, acho que abdico.
Então, qualé?
Todos sabem que ao longo de quarenta e três anos, completados
no dia de hoje, sou par em uma aliança da qual resultaram meus mais caros
vínculos que se expandirão ainda, com início em agosto.
Insisto que esse é o ‘objeto’ essencial.
Estive, na condição de profissional, com milhares de pessoas
e tenho presente que contribui para o desenvolvimento de boa parte delas. Fiz e
faço sempre com a maior dedicação, ética e humildade.
Este foi e ainda é um ‘objeto’ importante.
Tenho centenas de amigos, alguns em fase de consolidação,
outros que serão perenes.
Este é o ‘objeto’ fundamental.
Revejo meus passados anos e observo-me como protagonista da
minha própria história. Sinto-me bem comigo mesmo.
Este parece ser o ‘objeto’ básico.
Até breve.
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