Coloquei-me a pensar por que
Claudinho deu-me de presente “A preguiça como método de trabalho” (*) de Mário
Quintana e escreveu, nas páginas iniciais do livro, a dedicatória abaixo com
caligrafia (abominável) de genro.
“Lozinho,
Várias vezes me perguntei... Como ele consegue? E em certo momento
abismei-me no que é óbvio... Você é naturalmente como uma flor! Naturalmente
consegue. Nesses anos quanto método e quanto trabalho e também quanta preguiça
para evitar a preguiça alheia? Hoje por si só nos colocamos a trabalhar... E
trabalhando muito, mas muito, quem sabe consigamos nos tornar flor???
A explicação me
ocorreu em alguns trechos do livro presenteado. Na página 154 sob o título
CARACTERÍSTICAS, encontrei:
“Produção contínua e absoluta falta de autocrítica, eis aí a
característica dos gênios; mas, em compensação, o que sempre caracteriza os
cretinos é a absoluta falta de autocrítica e a produção contínua”.
Ou na página 173 sob o
título PALCO & PERSONAGENS:
“Deixo em meio uma novela policial e, com essa inocente coqueteria que
têm os esquecidos em mostrar que não esquecem as pequeninas coisas, guardo de
cabeça o número da página interrompida: 155.
Vinte e quatro horas depois abro o livro no lugar exato e vejo-me de cara
com personagens desconhecidas, no centro de um complicado enredo, em que mais
enredado sou eu, o que não tem importância alguma, porque descubro que o livro
era outro...”
Ou, ainda, na página
321:
“Embora não acredite na observação direta, acontece que tenho tal poder
de visualização que às vezes não sei se aquilo que evoco eu vi mesmo ou foi
algo que me contaram, ou apenas imaginei. Mas há muito descobri que a mentira é
uma verdade que se esqueceu de acontecer.”
Também na página 195,
sob o título O ASSUNTO:
“E nunca me perguntes o assunto de um poema. Um poema sempre fala de
outras coisas...”
E, por último, na
página 238 sob o título OS PRETEXTOS E OS FINS:
“Aliás, tudo é outra coisa.”
Não é invencionice
minha, perguntem prá ele ou para Ela. Eu já havia escrito, pela manhã, o post
que publiquei no dia 27 de fevereiro e, à noite logo que voltávamos do
ultrassom eu pedi ao Claudinho que me desse o título. O texto estava pronto. A
palavra título para o post foi lavrada por ele.
A LIZ já nascerá do pai como FLOR.
Até breve.
LOZinho, sabe aquele seu colega de éXercito que as vezes eu te faço lembrar dele quando faço Hum- hum... Pois é! Obrigado
ResponderExcluirQue delícia de texto! E a Liz fará isso tudo, com certeza! Bj Clara
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