sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

EFÊMERO

Duas notícias de hoje fizeram-me reforçar o meu momento.
A primeira: o Dr. José Rafael Marquina, especialista em Medicina Intensiva e Broncologista residente em Naples (Flórida), que mantém contatos com colegas que cuidam da saúde do Presidente Hugo Chaves da Venezuela: “Eu calculo que entre três a cinco meses ele morrerá.
A segunda: “Morreu no início desta madrugada, aos 56 anos, a empresária Eliana Piva de Albuquerque Tranchesi, dona da Daslu. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.”
Não serei juiz de nenhuma destas pessoas celebres. A mim não cabe opinar pelas suas escolhas, nem pelas circunstâncias, nem pelas motivações. Enfim, não faço juízo nem ético, nem moral e nem ideológico.
Apenas reflito.
Será que os fins justificam os meios? Em busca de poder e riqueza vale toda e qualquer conduta?
Mais uma vez a morte vem me dar a exata medida e lembrar-me novamente de minha querida avó Eulália: “Prá lá nós vamos.”
Comentei em ÓCIO os meus dias durante o carnaval, que foram especialmente ricos no que tange àquilo que está ocorrendo em minha vida agora. Posso estar jogando sobre as costas da minha filha e de meu genro uma expectativa maior do que seria razoável, mas sei que eles tiram de letra essa minha intensidade. Para mim, e nesse momento, é muito importante ser avô.
E por quê?
Acho que comecei a dizer quando trouxe SEIVA e sua sequência, passei por TORVELINHO, BALANÇO, MOINHO, FRUTO e agora com esta brincadeira FOLIA e sua enquete.
Certa vez eu deixava o auditório onde havia acabado de dar uma palestra e fui interpelado por um dos ouvintes que me parou no corredor e me entregou um pedacinho de papel. (Não era um voto para a enquete, não. Isso tem mais tempo)
- “Sempre que te ouço, lembro desta frase.” Ele me disse, ao entregar o papel.
Tenho o pedacinho de papel colado na moldura do meu laptop, onde está escrito:
“Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria.” (Charles Chaplin)

Até breve.

PS> Rascunhei esse post em intervalos de uma reunião da qual participei hoje. Discutíamos projetos de milhões de dólares.

2 comentários:

  1. Poderia embasar uma reflexão em Maquiavel, em sua obra "o príncipe", numa acepção ético-político-filosófica, mas prefiro a magia e delicadeza de Saint-Exupery, em "o pequeno príncipe": "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Abraço e mais uma vez, parabéns pela coragem de expor suas ideias e ideais em rede mundial! É cativante! Carla

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  2. Brigado, querida. Tenho o maior respeito pela sua opinião. Você já havia me dito isto no dia do aniversário do Léo. Agora escrever, a coragem é sua.

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