- E aí?
- Aí tudo beleza...
- E o blog?
- Vai indo...
- Acho muito íntimo.
- É?
- Sua família, seu neto, suas mazelas... Você... Você...
- É?
- Não é?
- É?
- Eu acho que você deveria usar esse espaço para trazer algo que possa interessar para além de suas histórias pessoais, você não acha?
- O quê?
- Do tipo: suas andanças nas empresas...
- Quais?
- Sei lá, pombas! Mas deve ser interessante você trazer sua experiência com executivos e acionistas...
- É?
- Deve ter muita gente que te procurará para saber da sua vida enquanto professor de MBAs, consultor, executivo, membro de Conselhos...
- É?
- Claro, um cara com sessenta anos, que passou pelas empresas que você passou, que tem vinte anos de consultoria, é membro de Conselhos, deve ter algo a dizer a respeito.
- Será que devo? Já tem muita gente fazendo isto, você não acha?
- Tem, mas sua contribuição nessa área pode ser mais uma...
- Mais uma? Interessante, eu sempre que relato minhas ruminescências a partir de comentários de filmes que assisto ou de causos familiares, até mesmo sobre o aguardo do (a) neto (a), fico pensando que, o que conta no fundo de uma estratégia, é que a experiência resulte em uma história pessoal que tenha valido à pena.
- Como assim?
- Bicho, estou fazendo sessenta anos. Toda a minha experiência deve ser colocada na capacidade de responder a uma única pergunta: VIVER VALEU?
- Você fala como se fosse morrer amanhã...
- A questão é exatamente esta. É que eu sei que vou morrer amanhã e, portanto, devo viver agora.
- Então?
- Não me parece que viver diga respeito, essencialmente, aos meios, mas aos fins. Minha relação com o fazer profissional esteve e estará, principalmente agora, orientada para extrair o melhor da experiência.
- Então. É disso que eu estou falando. Você contar de sua experiência e nela o que tem valido.
- É?
Até breve.
PS> Redigi este post enquanto, em uma reunião da qual eu participei, um acionista reclamava da competitividade no mercado e encontrava coro nos seus principais executivos. Não conseguia prestar atenção na conversa. Fiquei só pensando nas feiras livres dos domingos lá em Santa Teresa e lembrando, na minha infância, dos gritos dos feirantes para captar seus clientes.
Huuumm...Será?...É?
ResponderExcluirLozinho,
ResponderExcluirvocê é resultado de suas experiências e decisões, desde usar chinelão na praça, vender doce, ouvir os gritos dos feirantes na feira de Santa Tereza, e das inúmeras reuniões e decisões empresariais. Não é verdade?
Se você trazer para este espaço sua vivência, sempre temperada de humor, sensibilidade e sabedoria, acredito que poderá conviver com os causos familiares e os sonhos de perenidade, enfim, de ter valido a pena.
Traga aqui todas as histórias das pessoas que foram relevantes em sua vida, inclusive as jurídicas.
abraço,
Julinho
Brigado, Julinho.
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