quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IMPORTANTE

Tenho prá mim que nada, desse tipo, pode ou deve ser escrito em tópicos, pelas seguintes razões:
·         O primeiro nunca introduz integralmente a idéia e
·         Os outros, porque não fazem o menor sentido.
Então é melhor ir discorrendo assim sem mais ou menos até porque sobre o que se quer falar, ou porque foi pedido que se falasse, deve de haver.
Tem umas “coisas”, quando a gente não sabe nomear serve “coisas” ( Octávio Paz diz que  palavras e coisas sagram da mesma ferida), que têm diferença essencial sobre outras, entendendo essência como aquilo que está contido pelas circunstâncias.
Explico melhor. Tem “coisas” que você pode viver sem elas, apesar delas. Tem “coisas” que você pode deixar de fazer, relegar, negligenciar, postergar, transferir, esquecer e até perder, de repente...
Outras não.
São essas “coisas”, que me parecem poucas na idade adulta, a gente deveria ter de muito critério, paixão e cuidado em identificá-las, tratá-las.
Cuidar delas, enfim.
Quais são?
Por exemplo: isso que você pensou aí agora. Isso talvez seja mesmo. Se não, vai mais fundo. Deve ter algo que lhe ocorra agora e que se aplica. Uma vez surgida a “coisa” eu não perguntaria porque e nem tentaria muito de explicar. Apenas ficaria com essa “coisa” assim. Posta. Se for mais de uma também.
Põe ela ou elas sobre a mesa.
Olhe à elas intensamente e sem pressa. Se não for um bom momento, não faça agora. Deixe para um depois. Não acredito que do que se trata possa deixar pra depois. Pois se não é, não é. Então se é, tem de ser agora e aí onde você está debruçado sobre a “coisa”.
Entendeu?
Vou me fazer de exemplo. Prá mim agora não há mais nada de maior do que o meu neto que se gesta. Não esse que vem de minha filha, porque esse é dela e dele. Mas um de meu, querido, desejado, sonhado, com todo o respeito e distanciamento. Mas em mim há um e por enquanto um neto sobre o qual me debruço. Isso prá mim é uma “coisa”.
Que é.
Entendeu?
Se não, não será. Porque não é.

Até breve.

PS> Ao anônimo que me legou a palavra, muito obrigado.

2 comentários:

  1. Quando fiz o pedido da palavra ainda não sabíamos da chegada do neto, portanto, o que importava eram algumas questões de família, viagens, vida profissional, e outros temas.
    Gostei de enxergar que o Importante é fugaz, isto é, algumas "coisas" furam a fila e tornam-se instantaneamente importantes, pois é isso que nos importa.

    abraço.

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  2. A história, no presente! IMPORTANTE!

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