quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

FALTA

No dicionário: Significado de Falta
s.f. Deficiência, privação: falta de dinheiro.
Ausência: sentimos sua falta.
Erro, imperfeição: seu trabalho apresenta faltas sanáveis.
Não-comparecimento às aulas etc.: suas faltas foram justificadas.
Fazer falta, deixar sentir a carência.
Sem falta, infalivelmente

No futebol, cada vez que um jogador golpeie ou tenta golpear outro jogador, o empurre, o retenha para obter vantagem, cuspa-no ou toque a bola com seus membros superiores (exceto o goleiro), o árbitro marcará um tiro livre direto a favor da equipe que recebeu a infração, que se realizará desde o local da infração. Se ocorrer dentro de uma das áreas, independentemente da posição da bola, e se esta estava em jogo, é marcado um pênalti contra a equipe infratora.
A falta de ar, designada na medicina como dispnéia, é uma sensação de dificuldade para respirar. É a impressão de que a quantidade de ar que entra nos pulmões é insuficiente. Pode-se manifestar também como uma dificuldade para expulsar o ar já respirado.
A falta de apetite pode ter inúmeras causas, desde físicas a psicológicas. Como na generalidade das doenças, o tratamento fitotrópico oferece uma solução perfeitamente natural e saudável, sem o recurso a medicamentos químicos.Existem bastantes plantas medicinais que estimulam o apetite através de variados processos, como por exemplo a activação dos processos digestivos, o facilitar da digestão ou tonificação de todo o aparelho.
A legislação brasileira prevê algumas hipóteses em que o trabalhador pode deixar de comparecer ao serviço sem que a falta seja descontada do salário. São as faltas justificadas ou admissíveis. As faltas não justificadas por lei não dão direito a salários e demais conseqüências legais, e podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou repetição; mas podem ter justificativa imperiosa que, se seriamente considerada, vedará a punição. É o caso de doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra hipótese de força maior.
Os seres humanos por serem desejantes, seres de linguagem são condenados a sentir, primeiro mal-estar e angústia, depois por serem impulsionados para algo que se supõe trazer a felicidade, um estado de completude de não falta. O próprio Freud teria dito que a psicanálise até pode resolver os problemas da miséria neurótica, mas ela nada pode fazer contra as misérias da vida como ela é. Somos seres simbólicos, marcados pela desnaturalização empreendida pela cultura. Somos movidos sempre por ‘outra coisa’. Se fôssemos somente instinto e necessidade, seríamos como os animais, que parecem felizes quando cumprem com seu ciclo biológico de fome e sexo. O animal satisfeito deve ser feliz. Mas, o mesmo não acontece com os seres humanos. Podemos ter ‘tudo’ e ao mesmo tempo sentir vazio existencial; podemos sentir prazer e ao mesmo tempo colher desprazer em nossos atos demasiadamente humanos. Se estivéssemos presos ao instinto, ainda teríamos cio, faríamos sexo somente em determinada época do ano apenas para procriar; comeríamos apenas para matar a fome e não para degustar para comida de um famoso restaurante e beber um vinho de uma safra ‘x’, servido em um copo especial, etc. Entretanto, a condição humana de ser desnaturalizado, desejante, cultural, complica a sua conquista para ser feliz, embora possamos eventualmente experimentar alguns momentos de felicidade, como o gozo sexual, o recebimento de uma promoção no trabalho, ganhar um prêmio, ver nascer um filho, etc.
Como formula Lacan, "O desejo é sempre o desejo de um outro desejo”. O desejo humano é algo sempre adiado, é intervalar. O desejo vive de sua insatisfação, resguarda esta estranha função: a função de insatisfação.
O desejo jamais é satisfeito porque tem origem e sustentação da falta essencial que habita o ser humano, daquilo que jamais será preenchido e, por isso mesmo o faz sofrer, mas também o impulsiona para buscar realização – ou satisfação parcial – no mundo objetivo ou na sua própria subjetividade (sonhos, artes, projetos utópicos, fé no absoluto, etc.).
É preciso reconhecer que é na dimensão onírica que o desejo se realiza, por meio do disfarce. Só assim ele pode ser feliz. Porque, na dimensão concreta da realidade, jamais o sujeito poderá conquistar a felicidade. A realidade do mundo, dos acontecimentos e dos fatos, sempre frustra nossa capacidade desejante de preenchimento ou a sensação de ser feliz.
“Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade. Não, eu não sou pessimista, não enquanto tiver meus filhos, minha mulher e minhas flores! Não sou infeliz – ao menos não mais infeliz que os outros”. Freud
Nos parágrafos anteriores falta o meu estilo, já que foram pinçados na rede para trazer diferentes âmbitos dafalta. Se falta a fonte de pesquisa falta caráter, ou até vergonha, ou falta de criatividade, ou de paciência para falar sobre.
No fundo, do tema só nos resta o recurso da linguagem, porque de mais que queira saber, falta.
Até de quem me demanda a palavra, me falta nome.
Sabe-se lá o que me falta ainda...

Até breve.
PS> Falta escrever ainda sobre: PAI, RENASCER, CRIANÇA, SESSENTENÁRIO das palavras a mim legadas.

2 comentários:

  1. Nossa, mas só meio centímetro?! Demora hein... FALTA muito tempo ainda...

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  2. Outro dominio da existencia! Num outro estagio, a falta tem presenca!

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