Primeiro, os que os meus filhos chamam de tios: Carlinhos Menezes, amigo de todas as horas, conselheiro franco, sério, solidário, confiável, fraterno. Ramiro Pereira, amigo incondicional, foi à nossa casa colocar-se a inteira disposição quando da minha demissão. Eduardo, DU, grande e simpaticíssimo carioca, boa gente até dizer que chega. Henrique Braga, só tinha inveja de seu jogo de peteca, um craque. Camanho, nosso Alain Delon, fera na TI, às nas piadas de português. Joãozinho de Déia, pequeno notável, uma cabeça privilegiada. Julinho Pinto Coelho, não há ninguém mais simpático do que ele.
Agora, os amigos: Terenzi, que já não está mais conosco. Paulo Maia, grande Paulo Maia, com quem havia trabalhado também na FIAT. Laércio, grande sujeito, rigoroso, competente, hiper-metódico. Cássio, fiel escudeiro. Belchior, uma dama. Paulo Matos, hoje colega Consultor. Carlos Magalhães, perigoso com as saias. Alfredo, engraçadíssimo. Aristides, bacana. Tarcísio, um grande amigo inclusive na infância. Murilo Senra, o sujeito mais sistemático do planeta. Vi página na internet sobre uma lista de vistoria de um apartamento que ele estava alugando: seis páginas com detalhes assustadores. Coitados dos locatários. Murilo assessorou-me na compra de uma casa em Juiz de Fora. Em determinado momento da negociação o vendedor pediu o afastamento dele.
Jendiroba, é esse mesmo o nome do figura, gente boa demais também, de um humor felino. Braga, grande Braga, bom sujeito, com quem compartilhamos a dor de uma perda irreparável. Eloy Ballesteros, cheio de manha, metido a galã, fizemos transporte solidário muito tempo. Fazito, elétrico, suscetível, grande cara. Albano, mais novo do que eu exatamente um ano, empreendedor, excepcional líder, humilde e fiel amigo. Mauro Teixeira, de quem comprei um Opala Comodoro, uma uva. Gilberto, goleiraço nas peladas que fazíamos no Clube Bom Pastor. Mentiroso e chato de galocha. Ele tinha um defeito na perna direita, era mais curta que a esquerda. Assis, outro grande amigo, apelidou Gilberto de “aqui tá raso, aqui tá fundo’. Melloni, três metros e quinze de altura, envergado, esticado era mais alto, cavalheiro.
Os colegas: Nelson Veríssimo, colega de área, hiperhonesto. Jorge Napoleão, finíssimo, embaixador com o Capeta. Cláudio da Trefila, baixinho bom de serviço. Cotrim, Diretor Industrial, grande sujeito. James, um talento. Jairzinho, baixinho porreta. Afonso, médico, vaselina pura. Antônio Matos, da contabilidade, maluco de jogar pedras em avião, mas bom colega. D’Alessandro, do PCP, uma competência, namorou e casou com Rita uma Analista de RH que trabalhou comigo. Eu já havia deixado a SMJ e soube que ela havia morrido de um enfarte fulminante. Bezerra, um touro, rompedor da Aciaria.
Toshio Amanuma, na fase de testes para o ‘star up’ da usina a tesoura elétrica de corte dos fios máquinas (arames) ficou ‘louca’, cortando fora da especificação programada. Pararam os equipamentos e debruçaram horas sobre o problema. Voltaram a operar os equipamentos e o problema parecia ter sido sanado. No dia seguinte, por volta do mesmo horário do dia anterior, o problema apareceu novamente com a mesma configuração: a tesoura cortava aleatoriamente. Chamaram os técnicos do fabricante para investigarem com maior profundidade. Horas de parada até que pegaram o Toshio olhando para o teto do galpão. Ele andava de um lado para outro olhando fixamente para o teto, até que disse: ‘Temos que reparar uma fenda naquela telha ali... ’ apontando para um buraco no telhado por onde entravam os raios solares que, por força de sua intensidade, afetavam as células fotoelétricas de acionamento do equipamento. Anos mais tarde eu dava uma aula no IBMEC fui dar esse exemplo para fundamentar um conceito de Análise de Problemas, citei o nome de Toshio e fui brindado por estar em sala de aula o filho da fera que confirmou o ocorrido.
Sérgio Gordo, da auditoria interna. Alguns anos depois, eu já havia saído da SMJ, encontrei-me com o Sérgio numa festa. Ele aproximou-se de mim bastante abatido e eu perguntei:
- ‘Que cara é essa, Sérgio?’
- ‘Filhos, né Agulhô, filhos... ’ Ele respondeu, passando nervosamente as mãos na cabeça.
Esperei pelo pior, perguntando, o que havia acontecido com os meninos, ou com um dos três filhos dele.
- ‘Você se lembra do Sérgio Marcos, Agulhô?’
- ‘Claro, seu menino era massa, adorava música, não é?’
- ‘Pois é, lutei para colocá-lo na faculdade. Eu e Cláudia tentamos de todo jeito dar um encaminhamento para ele e não teve jeito... ’
- Pô, Sérgio, diga logo o que aconteceu com o Sérgio Marcos, como ele está?
- ‘Ele é guitarrista, tem uma banda de rock, está em Nova Iorque... ’
- ‘Ah, vá à merda, Sérgio!’
A conversa prosseguiu e Sérgio queria convencer-me que Sérgio Marcos deveria ter seguido os conselhos dele e tornar-se também auditor e quem sabe trabalhar numa grande empresa como fez o pai a vida inteira.
Pois é.
Até breve.
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