quinta-feira, 14 de julho de 2011

AMBIENTE II

Vamos aos setenta.
A Intel lança o Intel 4004 primeiro microprocessador do mundo. É lançado o Odyssey 100, primeiro videogame do mundo e a missão espacial Viking I explora o planeta Marte. Início do projeto do Eurotúnel e lançamento do primeiro Airbus.
Os anos 70 não se caracterizaram como o fim da revolução lançada pelas enormes conquistas dos anos 50 e 60. Ao contrário, assistimos muitas vezes ao aprofundamento desses avanços. No Brasil, por exemplo, muitos jovens idealistas radicalizaram a sua luta política ingressando na clandestinidade para combater o regime militar. O feminismo conseguiu grandes avanços diminuindo a desigualdade entre homens e mulheres. Também ganharam força a defesa dos direitos das minorias, a luta contra o racismo, o combate à censura, etc.
O que mudou, afinal, foram as formas de manifestação e expressão que acabaram se tornando mais sutis, menos ingênuas, e até mais debochadas. Tornamos-nos mais cínicos à medida que as autoridades se tornaram mais repressoras. Aprendemos assim a escrever nas entrelinhas, a deixar o dito pelo não-dito. O legado dos anos 70? Talvez seja a luta pela liberdade de expressão em todas as suas dimensões. A luta pelo fim da censura, pela igualdade de condições e oportunidades para homens e mulheres, pela liberdade de opção sexual, liberdade para criar sua própria moda com o "faça você mesmo".
Foi conhecida como a "década da discoteca", devido ao surgimento da dance music. Surge também o movimento punk, o rock progressivo com destaque para Pink Floyd.  Elton John faz sucesso com a marca registrada: grandes óculos, roupas rigidamente enfeitadas e coloridas, além das botas de plataforma e das calças boca-de-sino.

No Brasil surgem: a banda baiana Doces bárbaros, idealizada por Maria Bethania, Gilberto Gil, Gal Costa e Caetano Veloso e uma nova geração influenciada pelos consagrados nos festivais da década anterior, como Belchior, Gonzaguinha, Djavan e Ivan Lins.
São lançados os filmes: Laranja mecânica de Stanley Kubrick; O último tango em Paris, de Bernardo Bertolucci; Amargo pesadelo, com Jon Voight; O poderoso chefão I e II, de Coppola; Gritos e Sussurros de Bergman; O discreto charme da burguesia, de Buñuel; A noite americana, de Truffaut; Chinatown, de Polanski; Cria Cuervos, de Saura; Taxi Driver, de Scorsese; Os embalos de sábado à noite, com Travolta; O franco atirador, com De Niro e Apocalipse Now, com Brando; Manhattan, de Wood Allen.

Os Estados Unidos entrou em profunda recessão motivada pela crise do petróleo, que aumentou o preço do barril em 300%. Ao mesmo tempo economias de países como o Japão começavam a crescer. Surge o movimento em defesa do meio ambiente.
Pela televisão, o mundo se tornou infinitamente menos secreto. Richard Nixon, o presidente americano deposto pelo caso Watergate, foi uma "personalidade" típica das telas de televisão dos anos 70. Sua saída do governo foi festejada pela população dos EUA e o resto do mundo acompanhou todo o escândalo "de perto", através da tela da televisão.
As corridas espacial e armamentista se encerraram, dando lugar a um progresso humanístico, que visava não o interesse individual das potências, mas sim da humanidade, o período da chamada humanidade progressista. Termina a Guerra do Vietnam, com a derrota dos EUA e reunificação do país.
Golpe militar no Chile, liderado pelo general Augusto Pinochet, derruba o governo de Salvador Allende. Revolução dos Cravos em Portugal acaba com o regime militar no país. Começa a Guerra Civil no Líbano e a Revolução Iraniana.
Os generais Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo, com um intervalo de cinco anos de um para o outro, assumem a presidência do Brasil. Brasil vive a fase do "Milagre Econômico".
Morrem: o compositor, pianista e maestro russo Ígor Stravinski; o cantor Elvis Presley, Jimmy Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. A atriz Sharon Tate é assassinada por um grupo de fanáticos liderado por Charles Manson.
Andy Wahrol proclama: "no futuro todos serão famosos por 15 minutos".
Até breve, aos anos oitenta.

2 comentários:

  1. "A moda disco e psicodélica dos anos 70
    A década de 70 foi uma das mais ricas na história da moda. Até hoje, a época serve como inspiração para os estilistas que acabam trazendo de volta algumas peças.O período foi de revolução e marcou um salto no comportamento dos jovens, na música e na liberação sexual da mulher. Foi a época do Festival de Woodstock, do movimento hippie, da onda disco, etc. A moda também deu um salto. Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas. Além disso, o unissex entra na moda com suas boca-de-sino e sapatos plataforma.

    A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days."

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  2. A COPA DO MUNDO: Em 1970,o Brasil viu a Seleção entrar para a história com um futebol alegre, envolvente e que se consagrou tricampeão mundial. Numa equipe que tinha Gérson, Rivellino, o capitão Carlos Alberto Torres e Jairzinho, o maior nome da competição foi Pelé, que, aos 29 anos, disputou sua última Copa do Mundo.
    Na final, a histórica vitória por 4 a 1 sobre os italianos consagrou o futebol brasileiro. A terceira conquista do torneio deu direito ao Brasil de ficar com a posse definitiva da Taça Jules Rimet.

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